sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Folha de Blumenau: Prefeitura terá orçamento de R$ 1,4 bilhão em 2012

Matéria publicada na edição 481, no dia 04-11-2011


A administração pública de Blumenau deve consumir R$ 1.406.509.000 em 2012. O valor reúne custos de secretarias e fundações municipais relacionados no projeto de lei orçamentária, apresentado em agosto à Câmara de Vereadores. A proposta foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça, mas aguarda apreciação dos parlamentares. O orçamento para o ano que vem é 6,6% superior aos R$ 1.318.334.055 gastos em 2011. Em Santa Catarina, Joinville (R$ 1,7 bilhão) e Florianópolis (R$ 1,6 bilhão) já apresentaram orçamentos maiores para o próximo ano.

Na administração direta, educação (R$ 192,6 mi), obras (R$ 161,8 mi) e habitação (R$ 59 mi) são as áreas que mais receberão atenção no orçamento do próximo ano. Já nas atividades ligadas à administração indireta, o destaque vai para as contas da Câmara de Vereadores, que terão repasse de R$ 19,6 milhões, e para as atividades da Furb, orçadas em R$ 129,1 milhões. O Fundo Municipal de Saúde, que conta com verba dos dois setores do orçamento, tem investimento estimado em R$ 217,8 milhões para viabilizar atendimento aos pacientes da rede pública.

O secretário de Orçamento e Gestão, Marcel Hugo, explica que o orçamento é elaborado a partir de estimativas dos órgãos do governo municipal, que registram toda possibilidade de arrecadação e despesas. Com a definição dos valores, o colegiado se reúne para definir valores e prioridades. Neste ano, ele lembra que a conclusão das obras está recebendo atenção especial. “Soluções de mobilidade como os corredores, calçadas, ciclovias, o prolongamento da Rua Humberto de Campos e o Complexo da Ponte do Badenfurt tiveram recursos garantidos no orçamento de 2012”, revela.

No prazo
Marcel esclarece que se o projeto não for votado até o fim do ano legislativo, as atividades no início do próximo ano ficariam restritas ao essencial até a aprovação da Câmara. O governo federal é citado como exemplo disso nos últimos anos. O presidente da Câmara de Blumenau, Jovino Cardoso Neto (DEM), no entanto, garante que o projeto segue andamento normal no Legislativo e será aprovado no tempo necessário. “A avaliação parlamentar é fundamental nesse processo porque todas as ações do município andam de acordo com o orçamento previsto”, destaca.

Segundo o próprio presidente, a proposta tramita na assessoria legislativa da casa e começou a ser discutida entre os vereadores justamente nesta sexta-feira (4).

Folha de Blumenau

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Programa sobre o caos do trânsito em Blumenau

Nota Pública do PSTU de Blumenau

Durante o período anterior às convenções partidárias, o PSTU e PSOL discutiram um programa que atenda as necessidades da classe trabalhadora, sem financiamento de empresários e sem alianças com partidos burgueses. Fruto deste debate surgiu a Frente de Esquerda, que deveria apresentar uma alternativa à todas as demais coligações que são sustentadas pelos patrões.

Infelizmente, o candidato a Prefeito Osni Wagner do PSOL, não está conseguindo se diferenciar dos demais candidatos, não está defendendo o programa de esquerda e classista aprovado nas convenções e chegou ao cúmulo de convidar durante um programa de rádio o candidato a prefeito do PSDB Napoleão Bernardes para ser secretário no seu governo.

Durante os debates, o candidato do PSOL deveria mostrar para os trabalhadores que o PT de Ana Paula, o PSD de Jean Kuhlmann e o PSDB de Napoleão são todos iguais, que governam para os ricos, pois todos esses partidos estão envolvidos em escândalos de corrupção como o mensalão e a serviço das privatizações no caso da SAMAE.

Mas, Osni Wagner está cumprindo um papel de proteger o PT de Ana Paula, ao não denunciar que os governos petistas de Lula e Dilma se recusaram a federalizar a FURB e privatizaram os Correios e aeroportos, defendendo com coerência um dos eixos de campanha que é a FURB Federal Já, exigindo do PT e da Presidente Dilma a federalização da FURB.

Exigimos que o PSOL comece a se diferenciar das três candidaturas a prefeito, apresentando o programa da Frente de Esquerda em defesa da classe trabalhadora contra os grandes empresários e patrões de Blumenau, por melhores condições de saúde, educação, moradia, salário digno e transporte público de qualidade para a população.

Diante destas atitudes do PSOL, o PSTU quer deixar claro que não têm nenhuma responsabilidade sobre o que o Candidato a prefeito do PSOL está defendendo, pois nós do PSTU continuaremos a defender o nosso programa aprovado em nossa convenção a serviço de todas as lutas da classe trabalhadora com nosso candidato a vereador Giovani Zoboli.

Blumenau, 22 de agosto de 2012.

Assinam:

Giovani Zoboli, presidente do PSTU em Blumenau
Hugo Voigt, filiado ao PSOL

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Programa de TV: Giovani Zoboli 16016 - Educação

Para vereador, vote Giovani Zoboli, 16016!

Sou Giovani Zoboli, 16016, candidato a vereador em Blumenau em defesa de toda classe trabalhadora. Sou candidato, pois como todos os militantes do PSTU, sei que somente as lutas diárias por melhores condições de vida transformam a vida das pessoas e não as eleições burguesas, mas participamos das eleições para desmascarar os políticos e seus governos e apresentar um programa para os trabalhadores.

Sou carteiro de profissão. Trabalho nos correios em Blumenau há cinco anos e participei de todas as greves da categoria enfrentando junto com os demais trabalhadores os ataques dos Governos de Lula e Dilma do PT, que retiram direitos dos trabalhadores aumentam a superexploração e realizam privatizações da mesma forma que os partidos de Direita como o PSDB e o PSD.

Por que votar no PSTU?
Porque o PSTU é um partido das lutas e mobilizações, que não recebe dinheiro de empresários e patrões, que se constrói com o suor e esforço de cada militante na defesa de um outro mundo, um mundo socialista a serviço dos trabalhadores.

Nessas eleições queremos que você ajude em nossa campanha, participando de nossas panfletagens e atividades e também votando em nossos candidatos, seu voto é importante para os trabalhadores, seu voto fortalece as lutas!

O apartheid ainda não acabou na África do Sul

Polícia da África do Sul abriu fogo contra mineiros em greve na mina de platina Marikana, no noroeste do país.

http://www.mas.org.pt/

• Onde está a democracia racial e social quando polícias matam trabalhadores que estão a exercer o seu legítimo direito de fazer greve para reivindicar melhores salários? Toda a solidariedade aos grevistas da mina Marikana! Prisão e julgamento sumário dos assassinos e seus superiores!

Quem viu as imagens do massacre perpetrado no dia 16 de agosto pela polícia sul-africana contra mineiros em greve percebeu claramente a cor desses trabalhadores: eram todos negros. Não é coincidência: são os negros, a grande maioria da população, que compõem a classe trabalhadora na África do Sul, principalmente os setores mais explorados, como os que trabalham em minas.

A violência policial, por sua vez, demonstrou a forma como os trabalhadores negros são tratados. Apesar da grande vitória conquistada com o fim do apartheid, na década de 90 do século passado, esse de facto não acabou. A sociedade sul-africana é ainda profundamente racista e dividida entre brancos – a minoria privilegiada – e negros – a maioria explorada, com apenas uma minoria negra com acesso a melhores condições de vida. Dessa minoria faz parte a elite que está no poder.

A proprietária da mina é a Lonmin, uma multinacional inglesa e a terceira maior produtora de platina do mundo. Como quer manter o nível de exploração dos seus empregados, disse que a greve é ilegal e ameaçou com demissão os que não voltarem a trabalhar. Essa é a democracia dos patrões.

Mas com a determinação e a coragem tradicionais, os mineiros continuaram a luta, apesar da traição do Sindicato Nacional de Mineiros da África do Sul (NUM, em inglês), que, além de não organizar o movimento, ainda se presta a fazer o trabalho sujo de acusar os trabalhadores de impedirem os fura-greve de entrar na mina. Como se isso não fosse um direito dos grevistas!



Um mineiro disse aos jornalistas, numa entrevista reproduzida pelo jornal Público: “Somos explorados, nem o governo nem os sindicatos nos ajudam; as empresas mineiras fazem dinheiro à custa do nosso trabalho e não nos pagam quase nada”.

Por isso, é muito hipócrita da parte do presidente sul-africano, Jacob Zuma, dizer-se chocado com o que aconteceu. Ele não sabia da greve e da repressão que já começaram há vários dias? Ele não conhece os métodos violentos da polícia sul-africana, muito provavelmente estimulados por uma empresa inglesa herdeira do apartheid? O que Jacob Zuma tem de fazer é decretar a imediata prisão e julgamento dos culpados; abrir um inquérito para apurar todas as responsabilidades, inclusive da empresa mineradora, no massacre; indemnizar os trabalhadores reprimidos e feridos pela polícia e as famílias dos que morreram; tem de intervir também no conflito para obrigar a mineradora a atender às reivindicações dos mineiros.

Mas tem mais: se a situação na mina de Marikana chegou a este ponto é porque a Lonmin não está à altura da responsabilidade social que tem. A mineração é uma das atividades mais rentáveis e que mais emprega trabalhadores na África do Sul, e deve por isso pertencer ao Estado e não a uma multinacional que só quer obter altas taxas de lucros, mesmo que às custas da vida dos trabalhadores. Nacionalização de Marikana para que não haja mais vítimas a lamentar.

Mineiros de Marikana tombados na luta, presente!

www.pstu.org.br