segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Construir a Greve Geral para Defender Salários, Direitos e Conquistas!

Construir a Greve Geral para Defender Salários, Direitos e Conquistas!
Basta de Colombo, Dilma, Cunha e Aécio!

Seguindo o cenário nacional e internacional a crise econômica se instalou em nosso estado. A previsão do governo estadual é de que neste ano a economia catarinense caia 0,75% e o orçamento do estado não vem conseguindo crescer mais do que a inflação. Junto da queda da atividade econômica temos o aumento do desemprego no estado com 36.952 postos de trabalho a menos até setembro deste ano. A inflação está alta e corrói os salários com a disparada dos preços das tarifas públicas, dos alimentos e dos combustíveis. O governo Raimundo Colombo (PSD) e seus deputados picaretas já sabem em quem jogar os custos dessa crise: nas costas dos trabalhadores e do serviço público.

Não podemos pagar pela crise
Diante das demissões nas empresas privadas, Colombo não toma nenhuma atitude para evitar que esses que lucraram bilhões nos últimos anos, inclusive com a ajuda de dinheiro público, parem de demitir trabalhadores que nada tem a ver com a crise. Neste ano a renúncia fiscal do governo (aquilo que ele deixa de arrecadar dos patrões) será de R$ 5,5 bilhões. Além disso, Colombo tem programado este ano para pagar outros 1,760 bi das dívidas públicas que só beneficiam os banqueiros.

O serviço público do estado também está na mira do governador, em especial a saúde, educação e segurança pública. Colombo quer aprovar uma série de medidas de ajuste para os trabalhadores estaduais para poder economizar mais dinheiro público e dar de presente aos bancos e grandes empresas. Na previdência, quer ampliar a contribuição dos servidores estaduais de 11% para 14%, argumentando que ela tem um grande “rombo”. Na verdade, o governo esconde que o verdadeiro rombo nas contas públicas é causado pelas desonerações fiscais e dívida interna e externa. Enquanto o governo alega para este ano um rombo da previdência de R$ 3,10 bi o rombo causado pelas desonerações e dívidas públicas que só beneficiam ricos e poderosos chegará a R$ 7,26 bi.

Além disso, contra a previdência pública, já aprovou o SC-PREV, um fundo de pensão para os novos servidores públicos concursados, criando um teto de aposentadoria e destinando os recursos das contribuições que excederam esse teto para o cassino do mercado financeiro.

Contra a educação pública, Colombo quer aprovar o Novo Plano de Carreira dos professores, que ataca direitos históricos e deixa a educação estadual em condições ainda piores do que já estão. Além de não abrir concurso para professor, a proposta transforma os temporários em horistas, sem acesso aos mínimos direitos trabalhistas. Para os efetivos, a regência de classe será incorporada e os reajustes previstos serão amarrados até 2018, não chegando sequer à inflação prevista. O que vai significar o fim da lei do piso nacional com o Colombo não pagando os 13,01% já devidos de reajuste na carreira e nem os próximos reajustes previstos.

Em um estado que é destaque negativo nos índices de violência à mulher, o Plano Estadual de Educação já foi aprovado na Assembleia Legislativa sem qualquer menção a gênero e diversidade nas escolas, perpetuando uma educação sem combate as opressões machista e LGBTfóbicas, e este plano fortaleceu a expansão do ensino privado em detrimento do público.

Na saúde pública, Colombo tentou ampliar as terceirizações/privatizações com o edital nº 3573/2015, que previa um contrato de mais de R$ 200 milhões para a terceirização de serviços de logística, almoxarifado, distribuição de medicamentos e Assistência Farmacêutica de hospitais públicos. Teve que recuar devido a irregularidades no edital. No entanto, os cortes de seu governo vem atingindo em cheio a saúde pública com a diminuição de exames, não pagamento de empresas prestadoras de serviços e até a falta de fornecimento de água como já ocorreu no Hospital Celso Ramos, conforme denúncia do sindicato da categoria.

Na segurança pública, Colombo aumentou a jornada de trabalho dos policiais militares para 80 horas mensais a mais do que as 40 semanais, sem aumentar o salário, ao invés de realizar concurso ou chamar os que já foram aprovados. Tanto os policiais quanto os bombeiros militares que estão em férias ou licença, tiveram rebaixamento salarial.

A política de Colombo, que é aliado de Dilma (PT), não difere da aplicada pelo governo federal. Dilma/PT já retirou direitos dos trabalhadores com as MPs 664 e 665, cortou verbas da saúde e da educação, avança na privatização da saúde pública com a implantação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), quer impor a idade mínima para a aposentadoria e atacou as greves de petroleiros, bancários, servidores públicos federais e trabalhadores dos Correios. O modelo de reforma da previdência do Colombo segue o mesmo de Lula ede Dilma, atacando os direitos das aposentadorias e impondo a criação de fundos de previdência complementares que destinam o dinheiro das contribuições para o mercado financeiro.

Os ataques que Colombo faz contra a educação só são possíveis porque encontram respaldo no Plano Nacional de Educação de Dilma/PT, que impulsiona a expansão do setor privado e que também não prevê para os currículos escolares o conteúdo que aborde gênero e diversidade sexual. O PT de Dilma, o PSD de Colombo, o PSDB de Aécio Neves, o PMDB de Pinho Moreira e de Eduardo Cunha e os outros partidos da burguesia, podem brigar de vez em quando, mas quando o assunto é atacar os trabalhadores eles se unem.

É preciso construir a greve geral
No momento em que os governos (federal, estaduais e municipais), patrões e congresso nacional se unem para jogar a conta da crise nas costas dos trabalhadores acreditamos que é fundamental unir todas as lutas para a construção de uma greve geral. É preciso unir a luta do magistério, dos demais servidores públicos estaduais, das mulheres contra o PL 5069 e o Fora Cunha, a indignação nacional diante do desastre em Mariana/MG, a luta dos estudantes secundaristas de São Paulo contra o fechamento de escolas, do movimento negro no mês da consciência negra e as inúmeras greves e ocupações que acontecem pelo país.

Já passou da hora de centrais e entidades como a CUT, MST e CTB romperem com os governos e atender o chamado da CSP-Conlutas para a organização de uma greve geral para derrubar esse ajuste fiscal, defender os serviços públicos e os direitos dos trabalhadores, garantir estabilidade no emprego, reduzir a jornada de trabalho sem reduzir os salários. Para fazer com que os ricos paguem pela crise, parando de pagar essa dívida pública aos banqueiros e as desonerações fiscais aos empresários, impedindo a corrupção, a privatização e a entrega a preço de banana de estatais valiosas como a Petrobras; reestatizando sem indenização as estatais que foram privatizadas, como a Vale. Uma Greve Geral botaria para fora Colombo, Dilma, Aécio, Temer, Cunha, Pinho Moreira e abriria a possiblidade de um governo socialista verdadeiramente dos de baixo, dos trabalhadores, sem corruptos e sem grandes empresários.

O PSTU se soma ao chamado para que todos estejam presentes no dia 1º/12 na ALESC a partir das 9h da manhã para barrarmos os ataques de Colombo ao serviço público estadual e a fortalecer a assembleia geral convocada pelo Fórum dos Servidores Públicos neste mesmo dia na praça em frente à ALESC a partir das 13h. É hora de unificar em luta os trabalhadores contra os ataques dos governos, defender salários, direitos e conquistas e dar um basta em PSD, PT, PMDB, PSDB!

PSTU – Santa Catarina

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Gerentes da Petrobrás perseguem operário do PSTU na Bacia de Campos

Aderson Bussinger, do Rio de Janeiro (RJ)


De maio de 2003 até agosto de 2014, Clausmar Luiz Siegel, militante do PSTU desde 1999, foi operador na plataforma/navio FSO-38, também conhecida como "P-38". Neste período, liderou várias mobilizações nesta plataforma da Bacia de Campos em campanhas de ACT’s (Acordo Coletivo de Trabalho) e PLR’s (Participação nos Lucros e Resultados). Participou ainda de 4 chapas de oposição à direção do Sindipetro-NF (CUT), foi eleito delegado de base para vários congressos da FUP, da FNP, da Conlutas e da CSP-Conlutas.

Também foi representante dos trabalhadores em dois mandatos de Cipa na P-38, e nas duas eleições foi o candidato mais votado naquele navio. Em 2011 teve a segunda maior votação, em percentual, de toda a Bacia de Campos. Durante estes mandatos, sempre questionou o falso discurso de "segurança em primeiro lugar", muito usado pela gerência da Petrobrás, mobilizando os colegas de trabalho na luta pela prevenção a acidentes e doenças laborais. Foram várias as cobranças de segurança feitas a gerentes, além da organização de abaixo-assinados e boicotes coletivos na emissão de Permissões para Trabalhos.

No exercício da vice-presidência da CIPA, diversas vezes paralisou trabalhos já em curso por estarem sendo realizados fora das normas de segurança do trabalho. E ainda, com base no resultado de uma assembleia sindical, formalizou denúncia contra seus gerentes imediatos junto ao RH corporativo da Petrobrás pela demora na resolução de pendências de segurança. Também deixou de assinar diversas atas de reuniões de CIPA por divergir da redação desvirtuada e tendenciosa. Como profissional, desde 2012 atuou no treinamento de novos operadores e reciclagem de antigos em técnicas e procedimentos de operação de todos os sistemas industriais da P-38.

Em 2013 candidatou-se ao terceiro mandato de CIPA, e a sua inscrição simplesmente "sumiu" do sistema eleitoral digital! Seu nome, misteriosamente, não apareceu na cédula eletrônica. Dai em diante, sucederam-se outras perseguições políticas.

Em agosto de 2014, já no período das eleições gerais (quando as transferências são proibidas nas empresas estatais e de economia mista, e há uma ação judicial sobre este fato) foi avisado que estava sendo transferido, compulsoriamente, de plataforma e de função. Repentinamente, na véspera de um embarque cotidiano no FSO-38 e sem a menor conversa prévia, foi "promovido" a fiscal de contrato internacional. A gerência avisou que passaria a embarcar no FSO-Cidade de Macaé (maior navio no Brasil), da empresa japonesa MODEC e alocado pela Petrobrás, também na Bacia de Campos.

Lá, atuaria em funções gerenciais (fiscalização geral de todas as atividades do navio-plataforma), e seria o único funcionário Petrobrás a bordo. Ou seja, seria isolado politicamente! Por um período inicial, durante seu treinamento na nova função, permaneceria no regime de trabalho de operador (14 dias de embarque X 21 dias de descanso), mas quando assumisse plenamente a nova função, teria seu regime de trabalho mudado para 14 X 28, que é o regime de gerentes e coordenadores embarcados. Também foi avisado da perda do adicional de turno e iniciaria no adicional de sobreaviso: uma diminuição no salário.

No mesmo momento em que era avisado verbalmente da "promoção", Clausmar respondeu que não aceitaria a nova função, e considerava aquela transferência uma perseguição política da gerência da Petrobrás. Sem opção, passou a embarcar no FSO-Cidade de Macaé como "aprendiz de fiscal". Um abaixo-assinado foi feito pedindo o retorno para a P-38 e entregue à gerencia da empresa, mas foi ignorado.

Foram dez embarques nesta condição, sempre trabalhando sob a supervisão de outro fiscal experiente. Deixou claro várias vezes que não concordava com a nova atividade, e que não assumiria a função de fiscal na plenitude. Em julho de 2015, foi convocado para "trabalhar" em terra no Rio de Janeiro, sob o argumento de que os gerentes tentariam uma nova localização de trabalho em plataformas. Clausmar também tentou achar uma nova localização como operador em outras plataformas da Petrobras, mas sem sucesso.

Recentemente, foi comunicado que sofrerá o processo de "desimplante", isto é, será definitivamente colocado para trabalhar em terra, no regime administrativo no Rio, gerando mais uma redução de adicional na folha de pagamento. Como tem sua residência familiar em Santa Catarina, há mais de mil quilômetros do Rio, este "desimplante" inviabiliza a permanência no emprego! Não há como manter a vida pessoal e familiar em Timbó-SC, trabalhando em regime administrativo na capital carioca.

Notem que isso ocorre num período de intenso ataque aos salários e direitos trabalhistas de petroleiros diretos e demissão massiva de terceirizados, num período de intenso ataque à Petrobrás! Ataques estes que visam privatizar o pouco que ainda resta de estatal nesta empresa. Isso ocorre num período em que os roubos da diretoria executiva (Petistas, PMDBista e tucanos) são usados para mentir sobre o futuro da empresa, mascarando a contabilidade e forjando prejuízos, fornecendo falsos argumentos para o aumento dos combustíveis e a privatização.

Notem que não apenas Serra, Cunha, Dilma e Bendine querem terminar de privatizar a Petrobrás, mas que também os gerentes de carreira, alguns tucanos e outros petistas, colaboram com isto! Colaboram na medida em que perseguem politicamente um ativista dos direitos trabalhistas e abnegado militante contra a privatização. Trata-se de um ato antissindical contra um ex-cipeiro, membro da oposição à direção sindical e defensor da FNP (a federação petroleira não atrelada ao governo Dilma)

É lamentável que alguns líderes sindicais das gloriosas greves petroleiras de 1994 e 1995 contra a privatização de FHC, agora sejam gerentes e participem desta perseguição: eles mudaram de lado! Assim como a cúpula do PT, os seus membros também passaram a defender os interesses da burguesia e do imperialismo. Trata-se de uma postura consciente de todos os petistas. É urgente que os petroleiros e seus atuais líderes organizem o desempoderamento do PT, do PMDB e do PSDB na Petrobras, para salvarmos a empresa das garras do imperialismo!


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

A falsificação cultural em Blumenau

Hugo Voigt

Estamos iniciando a Oktoberfest 2015, uma festa criada nos anos oitenta que celebra a germanidade da cidade de Blumenau. Mas vamos expor os aspectos históricos que impedem a comemoração desta germanidade.

A primeira Oktoberfest ocorreu no ano de 1984 criada pelo prefeito Dálton dos Reis[1] para recuperar Blumenau da enchente do mesmo ano, a festa foi inspirada em outra que ocorre em Munique. Assim o prefeito Reis conseguiu atrair os olhos do Brasil para nossa cidade, trazendo assim diversos turistas para comemorar algo que não faz parte de suas vidas.

A festa tornou-­se popular nos anos seguintes trazendo cada vez mais turistas, sendo a maior festa do estado e a maior do Brasil, a comemorar a tradição alemã. Mas muito atrás ainda de Munique, no ano onde Oktoberfest de Blumenau mais teve movimento conseguiu reunir mais de 102 mil pessoas, muito atras dos 10 milhões que visitam a Oktoberfest em Munique.

Mas por que esta festa foi criada? No ano de 1810 quando o Rei Luiz I, futuro rei da Baviera se casou com a Princesa Tereza da Saxônia, assim durante o casamento o Luiz I realizou uma corrida de cavalos que atraiu uma grande quantidade de pessoas. Como o aniversário de casamento atraía sempre um público maior, a festa em 1840 foi transferida para Munique. Agora um problema, neste período a Alemanha era uma federação com diversos estados, principados e ducados[2], que sofria com as constantes guerras para unificação, a inflação e outros problemas do regime semifeudal que esta colcha de retalhos vivia, a imigração tornou­-se uma alternativa. Com uma serie de mentiras divulgadas pelo governo brasileiro na Europa, diversos alemães resolveram tentar a sorte no Novo Mundo.

Mas de onde vinham estes alemães? A imensa maioria destes alemães vieram das regiões indústrias da Alemanha principalmente dos estados de Rheinland-­Pfalz, Hessen, Bremem e Hamburgo. Houve também a imigração de um grupo étnico que era chamado de Alemães do Volga[3], que foram expulsos de sua terras no início do seculo XIX.

Assim a imigração não é algo a ser comemorado, pois os motivos que levaram os alemães a abandonar sua terra natal (fome, guerra, inflação) são os mesmos que afetam hoje sírios, líbios e haitianos. Agora os mesmos que durante alguns dias comemoram a falsa germanidade de Blumenau não aceitam a imigração de outros povos que hoje sofrem igual ao imigrante do passado.

Além de cultuar uma falsa germanidade a festa esconde uma parcela importante da imigração de Blumenau como os japoneses, russos, poloneses e italianos. Também não há nenhuma menção aos escravos do herói colonizador Dr. Blumenau.

Assim não podemos comemorar um passado que não existiu e muito menos um futuro que a cada ano fica mais incerto.

[1] Dálton dos Reis foi prefeito de Blumenau durante 1983 a 1988 pelo PMDB.
[2] Apenas no ano de 1870 a Alemanha se torna um estado unificado com a vitoria prussiana na gurra contra a França.
[3] O rio Volga é localizado na parte europeia da Rússia e concentra importante reduto industrial do país.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Ato Unificado da greve dos Correios, Justiça Federal e IFC


Nos últimos anos, os trabalhadores dos Correios foram massacrados pela empresa e o governo. Os trabalhadores resistiram com com inúmeras greves contra o arrocho salarial, a terceirização, o sucateamento e privatização dos Correios, imposto sem dó nem piedade pelos governos do PT. Com a Lei 12490/2011, os Correios perderam sua função social e se transformaram numa empresa que visa o lucro em primeiro lugar.


No ano passado foram gastos R$ 300 milhões na criação da CorreiosPar (subsidiária), mais R$ 42 milhões para a mudança da logomarca e ainda é patrocinador das olimpíadas do Rio em 2016! Em compensação, os trabalhadores não receberam PLR e a empresa tenta fazer os trabalhadores pagarem um rombo de R$ 5,6 bilhões no Postalis (Fundo de Pensão).


Para aumentar o lucro, a ECT está privatizando o plano de saúde, que é uma grande conquista da categoria, que trabalha no sol e na chuva, numa empresa onde as condições de trabalho só pioram e a sobrecarga, a pressão para atingir metas só aumentam, os assaltos acontecem frequentemente, inclusive em cidades pequenas. Com a mudança para PostalSaúde muitos profissionais médicos não estão credenciados e agora a empresa quer cobrar mensalidades de até 12,98% sobre o salário bruto para quem tem dependentes.

Os Correios são patrimônio do povo, mas que hoje só serve para enriquecer uns poucos poderosos. Enquanto o salário base de um carteiro é R$ 1.134,35, todos os cargos de chefia e direção da empresa são indicação política dos governos.  Vejam o caso do presidente dos Correios, que é do PT/CUT e recebe R$ 46 mil por mês! Por isso também lutamos por uma empresa pública, estatal e de qualidade nos serviços prestados a população e não para atender aos interesses do mercado financeiro. É preciso dar um Fim aos cargos políticos! Eleição direta para chefes e diretores da empresa! Contratação já com concurso público com o fim da terceirização!

Mulheres na luta!
O destaque desta greve tem sido a participação das mulheres, principalmente atendentes, que fecharam várias agências por todo o estado. O ambiente de trabalho nos Correios é muito machista e opressor com muita cobrança e assédio dos chefes para dar conta do trabalho e atingir metas sempre maiores. Piadas machistas, racistas, homofóbicas além de cantadas acontecem todos os dias, mas elas não abaixaram a cabeça e estão ombro a ombro com os homens trabalhadores na luta contra quem nos explora e oprime.

Ato Unificado da greve dos Correios, Justiça Federal, Justiça do Trabalho e Instituto Federal Catarinense
Os governos e  patrões querem que os trabalhadores paguem a conta da crise e por isso estão atacando vários direitos de nossa classe. O Partido dos Trabalhadores que é o patrão dos servidores públicos federais, não quer dar aumento salarial e está cortando o orçamento federal para continuar pagando a dívida aos bancos, fazendo o mesmo que os partidos da direita tradicional (PMDB e PSDB). Por isso, é preciso unificar as lutas, rumo a uma greve geral no país! Só assim poderemos barrar os ataques patronais.




Marcha dos Trabalhadores e Trabalhadoras
Os trabalhadores de SC também participaram da Marcha em SP, onde 15 mil pessoas de vários movimentos foram as ruas protestar:

  • contra Dilma (PT), Cunha e Renan (PMDB) e Aécio (PSDB)
  • contra o ajuste fiscal, para que os ricos paguem pela crise
  • por uma alternativa dos trabalhadores e do povo pobre

 
 
 
 



sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Trabalhadores dos Correios estão em greve por tempo indeterminado


Na noite de quarta-feira (15), trabalhadores dos Correios fizeram assembleias em todo Brasil e decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. Reivindicam reajuste real de R$ 200 incorporado imediatamente ao salário, fim da proposta de gratificação da empresa, manutenção do plano de saúde sem cobrança de mensalidades e contra o processo em curso de privatização. Os militantes dos PSTU nos Correios defenderam nas assembleias a rejeição da proposta, a deflagração da greve e a retomada das negociações. Essa também é a posição oficial da CSP-Conlutas.

A greve começou forte. De 36 bases sindicais, 20 pararam as atividades nesta quinta-feira (16), incluindo Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Brasília, Rio Grande Do Sul, que somam cerca de 75% do total dos trabalhadores da ECT no país. No Rio de Janeiro, houve piquete em frente às unidades e um trancaço no Complexo de Benfica. Em todo o país, o mesmo episódio se repete. A média de paralisação nas unidades de São Paulo é de 70% já no primeiro dia de greve. Em Santa Catarina, além dos Centros de Distribuição, muitas agências também estão fechadas. "O próximo passo neste momento é organizar a Marcha dos Trabalhadores em Luta no dia 18 de setembro, em São Paulo, junto com bancários, metalúrgicos, petroleiros, funcionalismo, entre outras categorias", defendeu o diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect) pela CSP-Conlutas Yuri Costa.


Atualmente, os trabalhadores dos Correios recebem o pior salário das estatais brasileiras, com um piso de R$ 1.134. A empresa propõe gratificação no lugar de reajuste salarial, que é a mesma do ano passado, que significa 0% de aumento real do salário e os escândalos de corrupção no governo afetam diretamente a vida dos trabalhadores. Há um rombo de mais de R$ 6 bilhões no fundo de pensão. O governo propõe que os ecetistas, que não são responsáveis por essa conta, dividam parte do prejuízo com pagamento mensal em até 15 anos. "O governo e a ECT devem investigar e punir os responsáveis. Não são os trabalhadores que devem ser responsabilizados por algo que não criaram", argumentou Costa.


Unir o conjunto das categorias em luta
A greve dos Correios acontece no momento em que o governo aprova medidas que penalizam os trabalhadores para salvar os banqueiros e empresários da crise econômica que assola o país. Desde o início do ano aconteceram seguidos cortes no orçamento, seguido da aprovação de medidas como a Agenda Brasil, cancelamento de concursos públicos, entre outras iniciativas.

Assim como os trabalhadores dos Correios, grande parte do funcionalismo federal, judiciários, professores, entre outras categorias estão em greve contra os reflexos da política do governo Dilma e da direita na vida cotidiana dos trabalhadores. Agora no segundo semestre, outros setores também devem parar as atividades, a exemplo de petroleiros, que têm indicativo de greve para o dia 24 de setembro. "Para sermos vitoriosos precisamos unir essas lutas e construir uma grande greve geral no país", concluiu completou o diretor da Fentect e da CSP-Conlutas.


- Basta de Dilma (PT), Temer, Cunha, Renan (PMDB) e Aécio (PSDB)!

- Contra a privatização da ECT. Por uma empresa de caráter público e de qualidade nos serviços prestados à população e não para atender ao mercado financeiro;

- Fim da GIP como instrumento de reajuste salarial!

- Aumento real nos salários, com incorporação já de R$ 200, de forma linear;

- Retorno do Plano Correios-Saúde, com o fim da operadora Postal Saúde;

- Saneamento da Postalis pela ECT. Os trabalhadores não podem pagar pelo rombo causado por seus diretores;

- Contratação já, por concurso público com o fim da terceirização dos serviços.



quinta-feira, 14 de maio de 2015

Os devaneios da CUT nacional e suas consequências em Blumenau

Há meses temos notado que os brasileiros estão fazendo política no seu dia-a-dia e não é a política eleitoral. Panelaços, mobilizações, atos em praças, manifestações, trancaços (desculpe o neologismo) e marchas passaram a ser frequentes. Independente da posição a ser tomada, o fato é que há um ano isso era inexistente e, agora, queiramos ou não, é cotidiano!

Em nossa opinião, a maioria destas manifestações está brigando pela mesma coisa, ainda que digam ser opostas umas às outras. Em outras palavras, trocam 6 por meia dúzia. PT e PSDB, a rigor, são iguais! Tanto as manifestações “anti” como as “pró” Dilma na verdade estão atendendo aos interesses do Capital contra o trabalho!

Aliás, digam-se de passagem, somente os empresários de Blumenau é que se colocaram contra Dilma, pagando publicidade para os atos pró-impeachment, via ACIB e CDL. Os empresários catarinenses, paulistas, cariocas, mineiros e gaúchos não se utilizaram da FIESC, FIESP, FIERJ, FIEMG, FIERGS, CNI, FEBRABAN, etc, para o mesmo fim, pois já notaram que Dilma lhes serve e muito bem! Os burgueses blumenauenses também chegarão a esta conclusão, talvez com um pouco de atraso, mas chegarão! Basta vermos as contribuições dos empresários locais à campanha eleitoral do dilmista Décio Lima em 2014 para percebermos isso!




Mas a novidade está na sinuca de bico em que a CUT nacional está metida, qual seja: defensora dos governos do PT, a CUT vê-se obrigada a também defender medidas contra a classe trabalhadora ou então a contrapor-se ao seu governo querido! Prova maior disso são as Medidas Provisórias 664 e 665 que tiram direitos históricos dos trabalhadores. Estas MPs foram editadas pela presidente Dilma Rousseff e receberão o voto favorável da bancada federal e dos senadores do PT em Brasília! O que fará a CUT? Defenderá a editora das MPs e os deputados e senadores favoráveis? Ou defenderá os trabalhadores e se oporá as MPs anti-trabalhistas de Dilma e do PT?

A CUT, junto com outras centrais sindicais como a UGT, a CTB, a NCST, a INTERSINDICAL (CCT)* e a CSP-CONLUTAS estão convocando manifestações unitárias contra o PL 4330 e as duas MPs para o dia 29/05, visando uma futura GREVE GERAL nacional. Nossa primeira dúvida é se realmente a CUT manterá esta convocação, se manterá o compromisso firmado com as demais centrais e os Trabalhadores. Será que a CUT denunciará e divulgará as fotos e os nomes dos deputados que votarem a favor das MPs da mesma forma que fez quando da votação do PL 4330? Os sindicatos cutistas de Blumenau denunciarão o Deputado Décio Lima que votou (em 06/05) favorável a MP 665?



Em Blumenau a CUT encontra-se fracionada há muito tempo (sobre este tema vale ler www.pstublumenau.blogspot.com.br/2013/10/a-nova-conjuntura-nacional-de-lutas-e.html). Inclusive, atos diferentes de sindicatos cutistas já foram feitos no mesmo dia na cidade. E centrais como a UGT e a INTERSINDICAL de Campinas* dividem ainda mais o cenário sindical blumenauense. Mas a divisão da CUT blumenauense não parece ser em torno da temática nacional, em torno de apoiar ou não esta ou aquela posição do governo, da bancada petista ou da central! Temas paroquiais se sobrepõem aos temas nacionais na CUT blumenauense!

De qualquer forma, nós sindicatos signatários deste manifesto, queremos atuar junto com todos os sindicatos e centrais que concordarem em lutar contra o PL 4330, contra as duas MPs de Dilma, contra todos os governos e patrões e por uma GREVE GERAL da classe trabalhadora brasileira. Somos sindicatos simpatizantes da CSP-Conlutas e com esta postura procuraremos intensificar a luta da nossa classe também em Blumenau!

SINTECT-SC
SINDPD-SC
Grupo LINHA OPERÁRIA (oposição à diretoria do SINTRAFITE)

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* Note o leitor que há duas centrais sindicais com o mesmo nome: INTERSINDICAL. Uma delas é muito forte na cidade de Campinas/SP e por isso chamada de “Intersindical de Campinas”. Em Blumenau, ela se faz presente com panfletos distribuídos pela presidente do Sintrafite (Vivian Bertoldi) nas portas de fábricas têxteis, embora o SINTRAFITE seja filiado a UGT. A outra INTERSINDICAL, que já requisitou sua inscrição jurídica como Central da Classe Trabalhadora é chamada “Intersindical CCT” e leva o apelido de “Intersol” devido a sua proximidade política com o PSOL. A “Intersol” inexiste em Blumenau.



** Atenção: Os companheiros da INTERSINDICAL de Campinas nos avisaram que a sua organização chama-se “INTERSINDICAL - Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora”. Também complementam com mais uma informação importante: “Não somos e não nos pretendemos enquanto Central Sindical”. Para mais informações, sugerimos acessar www.intersindical.org.br/intersindical/quem-somos

sexta-feira, 6 de março de 2015

Dia nacional de lutas e mobilizações contra a retirada de direitos





Confira a cobertura dos atos pelo país: www.facebook.com/pstu16