segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Ato Unificado da greve dos Correios, Justiça Federal e IFC


Nos últimos anos, os trabalhadores dos Correios foram massacrados pela empresa e o governo. Os trabalhadores resistiram com com inúmeras greves contra o arrocho salarial, a terceirização, o sucateamento e privatização dos Correios, imposto sem dó nem piedade pelos governos do PT. Com a Lei 12490/2011, os Correios perderam sua função social e se transformaram numa empresa que visa o lucro em primeiro lugar.


No ano passado foram gastos R$ 300 milhões na criação da CorreiosPar (subsidiária), mais R$ 42 milhões para a mudança da logomarca e ainda é patrocinador das olimpíadas do Rio em 2016! Em compensação, os trabalhadores não receberam PLR e a empresa tenta fazer os trabalhadores pagarem um rombo de R$ 5,6 bilhões no Postalis (Fundo de Pensão).


Para aumentar o lucro, a ECT está privatizando o plano de saúde, que é uma grande conquista da categoria, que trabalha no sol e na chuva, numa empresa onde as condições de trabalho só pioram e a sobrecarga, a pressão para atingir metas só aumentam, os assaltos acontecem frequentemente, inclusive em cidades pequenas. Com a mudança para PostalSaúde muitos profissionais médicos não estão credenciados e agora a empresa quer cobrar mensalidades de até 12,98% sobre o salário bruto para quem tem dependentes.

Os Correios são patrimônio do povo, mas que hoje só serve para enriquecer uns poucos poderosos. Enquanto o salário base de um carteiro é R$ 1.134,35, todos os cargos de chefia e direção da empresa são indicação política dos governos.  Vejam o caso do presidente dos Correios, que é do PT/CUT e recebe R$ 46 mil por mês! Por isso também lutamos por uma empresa pública, estatal e de qualidade nos serviços prestados a população e não para atender aos interesses do mercado financeiro. É preciso dar um Fim aos cargos políticos! Eleição direta para chefes e diretores da empresa! Contratação já com concurso público com o fim da terceirização!

Mulheres na luta!
O destaque desta greve tem sido a participação das mulheres, principalmente atendentes, que fecharam várias agências por todo o estado. O ambiente de trabalho nos Correios é muito machista e opressor com muita cobrança e assédio dos chefes para dar conta do trabalho e atingir metas sempre maiores. Piadas machistas, racistas, homofóbicas além de cantadas acontecem todos os dias, mas elas não abaixaram a cabeça e estão ombro a ombro com os homens trabalhadores na luta contra quem nos explora e oprime.

Ato Unificado da greve dos Correios, Justiça Federal, Justiça do Trabalho e Instituto Federal Catarinense
Os governos e  patrões querem que os trabalhadores paguem a conta da crise e por isso estão atacando vários direitos de nossa classe. O Partido dos Trabalhadores que é o patrão dos servidores públicos federais, não quer dar aumento salarial e está cortando o orçamento federal para continuar pagando a dívida aos bancos, fazendo o mesmo que os partidos da direita tradicional (PMDB e PSDB). Por isso, é preciso unificar as lutas, rumo a uma greve geral no país! Só assim poderemos barrar os ataques patronais.




Marcha dos Trabalhadores e Trabalhadoras
Os trabalhadores de SC também participaram da Marcha em SP, onde 15 mil pessoas de vários movimentos foram as ruas protestar:

  • contra Dilma (PT), Cunha e Renan (PMDB) e Aécio (PSDB)
  • contra o ajuste fiscal, para que os ricos paguem pela crise
  • por uma alternativa dos trabalhadores e do povo pobre

 
 
 
 



sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Trabalhadores dos Correios estão em greve por tempo indeterminado


Na noite de quarta-feira (15), trabalhadores dos Correios fizeram assembleias em todo Brasil e decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. Reivindicam reajuste real de R$ 200 incorporado imediatamente ao salário, fim da proposta de gratificação da empresa, manutenção do plano de saúde sem cobrança de mensalidades e contra o processo em curso de privatização. Os militantes dos PSTU nos Correios defenderam nas assembleias a rejeição da proposta, a deflagração da greve e a retomada das negociações. Essa também é a posição oficial da CSP-Conlutas.

A greve começou forte. De 36 bases sindicais, 20 pararam as atividades nesta quinta-feira (16), incluindo Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Brasília, Rio Grande Do Sul, que somam cerca de 75% do total dos trabalhadores da ECT no país. No Rio de Janeiro, houve piquete em frente às unidades e um trancaço no Complexo de Benfica. Em todo o país, o mesmo episódio se repete. A média de paralisação nas unidades de São Paulo é de 70% já no primeiro dia de greve. Em Santa Catarina, além dos Centros de Distribuição, muitas agências também estão fechadas. "O próximo passo neste momento é organizar a Marcha dos Trabalhadores em Luta no dia 18 de setembro, em São Paulo, junto com bancários, metalúrgicos, petroleiros, funcionalismo, entre outras categorias", defendeu o diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect) pela CSP-Conlutas Yuri Costa.


Atualmente, os trabalhadores dos Correios recebem o pior salário das estatais brasileiras, com um piso de R$ 1.134. A empresa propõe gratificação no lugar de reajuste salarial, que é a mesma do ano passado, que significa 0% de aumento real do salário e os escândalos de corrupção no governo afetam diretamente a vida dos trabalhadores. Há um rombo de mais de R$ 6 bilhões no fundo de pensão. O governo propõe que os ecetistas, que não são responsáveis por essa conta, dividam parte do prejuízo com pagamento mensal em até 15 anos. "O governo e a ECT devem investigar e punir os responsáveis. Não são os trabalhadores que devem ser responsabilizados por algo que não criaram", argumentou Costa.


Unir o conjunto das categorias em luta
A greve dos Correios acontece no momento em que o governo aprova medidas que penalizam os trabalhadores para salvar os banqueiros e empresários da crise econômica que assola o país. Desde o início do ano aconteceram seguidos cortes no orçamento, seguido da aprovação de medidas como a Agenda Brasil, cancelamento de concursos públicos, entre outras iniciativas.

Assim como os trabalhadores dos Correios, grande parte do funcionalismo federal, judiciários, professores, entre outras categorias estão em greve contra os reflexos da política do governo Dilma e da direita na vida cotidiana dos trabalhadores. Agora no segundo semestre, outros setores também devem parar as atividades, a exemplo de petroleiros, que têm indicativo de greve para o dia 24 de setembro. "Para sermos vitoriosos precisamos unir essas lutas e construir uma grande greve geral no país", concluiu completou o diretor da Fentect e da CSP-Conlutas.


- Basta de Dilma (PT), Temer, Cunha, Renan (PMDB) e Aécio (PSDB)!

- Contra a privatização da ECT. Por uma empresa de caráter público e de qualidade nos serviços prestados à população e não para atender ao mercado financeiro;

- Fim da GIP como instrumento de reajuste salarial!

- Aumento real nos salários, com incorporação já de R$ 200, de forma linear;

- Retorno do Plano Correios-Saúde, com o fim da operadora Postal Saúde;

- Saneamento da Postalis pela ECT. Os trabalhadores não podem pagar pelo rombo causado por seus diretores;

- Contratação já, por concurso público com o fim da terceirização dos serviços.